26 de nov. de 2012

MARABÁ PODE SOFRER A QUINTA PARALIZAÇÃO NO SERVIÇO DE SAÚDE SÓ EM SEIS MESES

A pouco mais de um mês para o final do ano, Marabá vive sob ameaça de uma greve da saúde pública municipal. Se confirmada, será a 5ª greve do setor em seis meses. O atraso no pagamento dos salários é o principal motivo da insatisfação. Pelo menos dois mil servidores receberam o salário referente ao mês de outubro só na última sexta-feira (23). Demerval Bento, presidente do Sintesp (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública), esclarece, no entanto, que a falta de condições de trabalho em algumas unidades de saúde também reforça a necessidade de paralisação. Na sexta-feira todos as unidades básicas de saúde – segundo Demerval, já tinham paralisado o atendimento. Os dois hospitais municipais (HMM e HMI) estão funcionando apenas no atendimento de urgência e emergência.  A greve geral do setor deve ser decidida amanhã (terça), durante audiência na Câmara Municipal de Marabá, que contará com a presença de vereadores e representantes do Ministério Público Estadual. É intenção do Sintesp é convocar representantes de outros Sindicatos, como da Educação. Os servidores municipais, segundo o presidente do Sintesp também “estão com problemas no crédito consignado. A assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Marabá limitou-se a informar que o pagamento já foi feito.

UM PASSEIO POR MARABÁ

Tirado do blog do jornalista Chagas Filho, a história parece demais com um passeio pela bela Marabá-Pa.

Em meio a ruas cobertas de entulhos, de asfalto esburacado e urubus passeando pelo lixo à beira das casas e do matagal, um menino anda com a mochila nas costas querendo chegar à escola, mas o ônibus demora.
O coletivo é lotado, empoeirado, cheio de gente mal humorada que reclama de salários atrasados.
Deitada num dos bancos, uma mulher idosa com o braço quebrado e sem gesso. A corda que sustenta o membro machucado é suja, assim como os esparadrapos.
O menino nem liga; olha pela janela e avista a fumaça que encobre o verde preservado no centro urbano.
O passeio é bom, apesar da atmosfera não ser das melhores.
Ele está quase chegando à escola, mas a viagem parou. Há homens e mulheres no meio da pista, interditando a rua.
Uns esbravejam, outros olham no relógio; tem gente que desce do ônibus e segue a pé. Ele também vai.
Mais um dia de estudos na escola de muros quebrados, lousa manchada e uma professora que só sabe reclamar.
À noite ele reclama com:
- Mãe, não consigo enxergar direito o que a professora escreve no quadro.
- Se preocupa não, meu filho, amanhã vamos ao posto de saúde fazer um exame de vista.

NOVO PREFEITO DE MARABÁ DEVE FUNDIR SECRETARIAS PARA REDUZIR GASTOS

Durante a realização de um seminário de discussão do planejamento estratégico para os primeiros seis meses do governo de João Salame à frente da Prefeitura de Marabá (2013-2016), na última semana, foram apresentadas várias propostas de ações relativas às principais secretarias municipais. O seminário foi realizado no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou na quinta-feira (22) e encerrou ontem, sexta-feira, 23. O seminário foi um momento de diálogo entre membros da equipe técnica do prefeito eleito e de representantes de vários setores da sociedade marabaense. A primeira pauta de discussão foi a saúde, que tomou a primeira manhã inteira do seminário. Os assuntos salários, condições de trabalho para os profissionais de saúde, medicamentos e materiais de expedientes que faltam constantemente foram os temas mais enfocados. Roberto Salame, procurador do município e um dos líderes da equipe técnica do governo seu irmão, João Salame, disse em que os primeiros 180 dias de governo estão sendo planejados e discutidos por grupos temáticos voltados para a saúde, educação, gestão, cultura, agricultura, assistência social, urbanismo. “Nas equipes técnicas, temos a participação, inclusive, de servidores concursados da Prefeitura de Marabá que atuam nas respectivas áreas, além de sindicatos, associações, ONG’s, técnicos de outras instituições, como Incra e INSS”, explica. Roberto Salame observa que uma das propostas que surgiram ao longo do seminário foi a de fundir algumas secretarias nos primeiros seis meses de governo para diminuir as despesas. Ele não precisou quantas serão fundidas e se algumas desaparecerão, como é o caso da Secretaria de Ações Comunitárias. A Reportagem do blog apurou, extraoficialmente, que há possibilidade de a Secretaria de Cultura ficar atrelada, inicialmente, à Secretaria de Comunicação. O enxugamento dos gastos com o custeio da máquina administrativa será inevitável, segundo Salame, inclusive com diminuição do consumo de energia e de material de consumo. Essas mudanças seriam apenas para os primeiros 180 dias de governo, porque já a partir de abril, com a elaboração do Orçamento Participativo através do Plano Plurianual, quando a nova gestão apresentaria a proposta de uma reforma administrativa partindo de um debate com a comunidade e com a sociedade.

Saídas para a saúde

Na área de saúde, a maior urgência será manter os serviços básicos para que a população não sofra como está ocorrendo atualmente. “Claro que temos a compreensão de que os problemas do setor são muito grandes e não serão resolvidos em seis meses, mas precisamos garantir o básico nos centros de saúde e hospitais, disponibilizando médicos, garantindo medicamentos e o funcionamento do HMI e do HMM. Outras ações serão desenvolvidas no decorrer do governo”, observa Roberto. Houve quem apontasse a necessidade de o novo governo cuidar da atenção básica, ou seja, investir mais na prevenção para evitar que as pessoas adoeçam e acabem onerando os custos para o tratamento. “A atenção básica é a essência da saúde e por ela deve primar o novo governo”, sugeriu Roger Lobo, membro do Sintesp (Sindicato dos Trabalhadores na Saúde Pública do Pará). Instado a opinar sobre a secretaria que estaria mais organizada e, portanto, dará menos problema para a nova gestão, Roberto Salame avalia que a Secretaria de Educação. “As dificuldades serão em todas as secretarias, mas vejo que na Semed os ajustes serão menores. Mas destaco que trata-se de uma opinião pessoal”, observa. Questionado se a equipe de Salame já sabe a quantidade de obras que estão em execução pela Prefeitura e o volume de recursos que necessitará para terminá-las, Roberto Salame disse que as informações nessa área ainda estão muito imprecisas e espera que na transição sejam repassados números oficiais sobre as obras físicas em execução. Os resultados do seminário serão repassados ao prefeito eleito João Salame, para que ele possa ter subsídios para atuar de forma eficaz logo no início de sua gestão. Aliás, por falar no prefeito eleito, ele participou do seminário nesta sexta-feira, tendo agradecido a participação dos líderes comunitários e garantiu que as propostas ali apresentadas serão levadas em consideração por sua equipe de governo.



3 de nov. de 2012

O preço do pecado

Segundo uma sabedoria popular diz; “de onde agente não espera é que sai”, certamente esta expressão se encaixa perfeitamente na novela Maurino Magalhães, que deste ninguém esperava uma administração tão desastrosa, ele um homem de Deus como ele assim se apresenta tem comido o pão que o diabo amassou, talvez uma vingança natural, já que nos três anos e dez meses que ele ficou a frente da chefia do executivo municipal ele nunca deu muita atenção ao povo que o elegeu. Na última semana Maurino viu seu império desmoronar caindo sobre sua cabeça a armadilha que ele deixou ser montada, bastou a juíza da 3ª vara civil sair de férias que o Dr César Lins, caiu pra dentro da vida do Maurino; primeiro prendeu o secretário de saúde, depois afastou os dois numa canetada só, ainda bloqueou os bens e tudo que o prefeito cuidou pra não se formar durante seu governo foi uma CPI, e esta se criou e como um ferida braba avança contra Maurino com fortes indícios de que vai terminar mesmo com a cassação do gestor afastado, pois agora no final do mandato a maioria absoluta de vereadores que antes defendiam o executivo, agora parece não estar mais afim de proteger-lo. O fato é que, a situação da novela Maurino não passa por um capítulo bom de se ver, e o que se pode prever é que vai piorar mais ainda, tudo caminha para a cassação do mandato de Maurino, perca dos direitos políticos, se bem que há quem diga que este não lhe fará muita falta, pois a rejeição de Maurino é tão grande que ele não se elege à mais nada aqui em Marabá, e os mais maldosos ainda comentam que o destino do Maurino, será o CRRAMA para fazer companhia ao secretário de obras Lucidio Collinete. Êta!! Finalzinho de governo conturbado...

1 de nov. de 2012

São mais de R$ 80 milhões que a PMM vai precisar para pagar servidores até o final do ano




Caso fique no cargo até o final de dezembro deste ano, o prefeito interino de Marabá, Nagib Mutran Neto (PMDB), ou qualquer outro gestor, terá que se rebolar para pagar a Folha de Pagamento, orçada em R$ 80 milhões. Essa matemática corresponde aos salários de servidores dos meses de outubro, novembro, dezembro, mais o 13º salário. Durante entrevista coletiva realizada no final da tarde de ontem, na Prefeitura de Marabá, Nagib Mutran foi contundente e revelador em relação a algumas dívidas do município, atribuindo a bancarrota em que o município se envolveu ao próprio gestor afastado, Maurino Magalhães, “que não soube conduzir o barco”, disse Nagib em uma metáfora que lhe é bastante peculiar. O prefeito em exercício avisou que não conseguirá pagar todos os quatro salários até o final deste ano, e que o de dezembro ficará para o novo prefeito quitar com os servidores. “Vou priorizar o 13º salário, mas é impossível arrecadarmos R$ 80 milhões em dois meses apenas para pagar os servidores. Temos gastos com o Ipasemar, repasses para a Câmara, entre outros recursos que são institucionais”, diz Nagib. Outra revelação repassada por ele é de que apenas para o Diário Oficial do Estado, o município deve quase R$ 500 mil e está proibido de publicar seus editais diários, o que inviabiliza, inclusive, a Comissão de Licitação. “São esses desmandos e falta de planejamento que levaram o município para a falência. O prefeito disse que planejou o município, mas não fez nada disso. A gente vai na Secretaria de Planejamento e não encontra nada. Você vem ao gabinete dele e não acha uma folha de papel e uma caneta. Isso aqui está parecendo terra arrasada”, critica. Nagib disse que sua prioridade número um será o pagamento dos salários dos servidores. Na próxima segunda-feira, dia 5, deverão receber seus vencimentos os educadores. Até o dia 10 ele planeja pagar o restante das secretarias.
Questionado sobre a ocorrência de saques nas contas bancárias da prefeitura no dia do afastamento de Maurino Magalhães, conforme havia sido denunciado, Nagib disse que não considera, exatamente, saques, mas pagamentos de valores altos a fornecedores que não deveriam ser prioridades. “Ora, se estamos com salários de funcionários e encargos sociais atrasados, vamos priorizar fornecedores?”, questiona. Pagar salários em dia, pagar encargos patronais e colocar a saúde em uma posição regular, acabando com o pagamento exorbitante de plantões aos médicos que “querem usurpar a prefeitura”. Sou médico, mas não compactuo com esse tipo de coisa. Nagib revelou que recebeu denúncias de que há servidores da Secretaria de Obras vendendo óleo diesel a R$ 1,00 o litro, o que será apurado através de uma sindicância. O posto que fornece combustível foi proibido de abastecer sem a autorização dele, Mutran. Nagib observou que os gastos que forem desnecessários serão enxugados, mas descartou a possibilidade de cortar telefones, porque considera que eles são ferramentas importantes para os servidores resolverem questões importantes para o município. Nagib disse que até ontem não sabia qual era o saldo da Prefeitura nas contas bancárias. Todavia, determinou que fossem cancelados pagamento para que ele resolvesse assuntos políticos e apenas hoje vai aos bancos checar o saldo de cada uma delas. “Nesta quarta, conseguimos evitar o saque de R$ 600 mil na boca do caixa, no Banco do Brasil”, disse, sem revelar quem seria o beneficiário. O prefeito em exercício mandou um recado para a Leão Ambiental, empresa responsável pela coleta de lixo na cidade. Disse que a empresa não receberá um centavo dos cofres da Prefeitura enquanto ele for prefeito. “Vamos realizar mutirões para limpeza, mas a prioridade será o pagamento de salários”, advertiu.